sábado, 5 de julho de 2008

Conheça Neil Velez

Conheça um pouco da vida Neil Velez, uma pessoa de Deus, que quer passar uma nova mensagem a você.

Esse é um dos capitulos do Livro de Neil Velez que será lançado na versão em “Português”, no Encontro Latino Americano de Cura e Libertação que acontecerá nos dias 25 , 26 e 27 de Julho na Canção Nova(em Cachoeira Paulista-SP)

CAPÍTULO I - TESTEMUNHO PESSOAL NEIL VELEZ

Por Suas Chagas

Eu estava morrendo na cama de um hospital. Especialistas do Texas e da Califórnia viajaram a cidade de Nova York para dizer-me que não podiam fazer mais nada por mim. Mais ainda, que me davam somente três meses de vida.

As válvulas do meu coração não estavam funcionando corretamente. Haviam formado tumores em minha cabeça que me provocavam convulsões. Além do mais um desses tumores oprimiu o nervo óptico deixando-me cego. Eu tinha hemorragias internas, vomitava sangue e caia ao chão banhado naquele líquido vermelho. Também padecia de meningite.

Enquanto me encontrava prostrado naquele quarto, debatia dia e noite com Deus. Minha discussão se centrava basicamente na “1 Pd 2,24” que dizia que por Suas chagas eu havia sido curado. Recordo quando esse versículo vinha à minha mente várias vezes sem que eu conseguisse tirá-lo do pensamento. Eu tentava esquecê-lo mais não conseguia.

Fazia um esforço de pensar em outra coisa, mas esta frase voltava novamente. A cada segundo que passava me sentia mais irritado com o Senhor. Por que eu estava tão irritado? Porque esse versículo me falava em um tempo passado. Não dizia que eu ia receber cura ou que esperava ser curado, mas que eu já estava curado, a pouco mais de dois mil anos atrás em uma cruz.
É claro que eu recordava perfeitamente o que a teologia ensina sobre aquele versículo. Mas sentia que essa passagem bíblica ( 1 Pd 2,24 ) falava diretamente a mim, à minha enfermidade; que ia muito além da interpretação teológica.

Então qual era o meu problema ?

Enquanto aquele versículo atestava que eu tinha saúde, o meu corpo me mostrava precisamente o contrário. Nasci enfermo e minha condição foi piorando até perder a vista e ficar prostado em uma cama. Inclusive, quando os médicos descobriram que eu nasceria nessas condições, eles aconselharam à minha mãe que abortasse para evitar que sua vida fosse colocada em risco.
Mas apesar disso o som daquele versículo ecoava em todo o meu ser incansavelmente. Toda essa situação chegou a tal ponto que começei a gritar e a brigar com Deus, e lhe dizia textualmente essas palavras : “Duas coisas estão acontecendo aqui: Tudo isso é mentira ou eu não te conheço.”
Nesse momento, escutei uma voz muito clara que me respondeu : “Meu filho,verdadeiramente tu não me conheces.”

Eu me sentia irritado,mas com essa resposta eu fiquei furioso. Por que?

Porque passei minha vida inteira dentro da Igreja. Pertenço a segunda geração de um Ministério. Meus pais e meus tios me levavam desde pequenos com eles a retiros e vigílias. Recordo como se fosse hoje que, quando me dava sono,colocavam a mim e a meus irmãos deitados no chão, em cima de uma proteção, ali naquele lugar em que estavam ministrando.

Em outras palavras, não conheço outra vida que não seja de Igreja em Igreja. Se eu escrevesse que fui resgatado das drogas ou das gangs, estaria faltando com a verdade. Essa nunca foi a minha vida. Dediquei toda minha vida ao Senhor. Me formei e me preparei na Igreja, passando inclusive por um seminário.

Com a idade de 12 anos eu já estava ministrando. Ainda mais, hoje em dia quem me acompanha em meu ministério são minhas irmãs gêmeas, meu irmão e meus primos, entre outras pessoas.
Então, imagine por um instante o que estava acontecendo. Por um lado, estava dentro de um hospital com os dias contados por causa da enfermidade incurável que padecia. Por outro, uma voz que nitidamente me dizia que não O conhecia, apesar do meu caminhar dentro da Igreja desde que tenho o uso da razão. Que não conheço a Deus? Minha indignação aumentava minuto a minuto.

“Nem juventude pude ter por estar nestas coisas!”, pensava nisso frequentemente.
Mas, voltou a voz e me disse de novo: “ Meu filho, tu não me conheces.”

A verdade é que eu acreditava conhecê-lo. E aí está a confusão de muitos que estão convecidos da mesma coisa que eu pensava naquela ocasião. Por um lado, a alguns que consideram que, por não faltar nunca a missa, ser de eucaristia diária,ou ser constante na oração do rosário o conhecem profundamente. Outros, estão convencidos que por estudar filosofia, teologia ou psicologia conhecem a Deus. inclusive, há pessoas que até pregam sobre Jesus Cristo e ainda não sabem sobre quem estão falando. Eu era um destes!

A enfermidade não me deteve até que perdi a vista. Enquanto eu estava enfermo usava meus sofrimentos para converter almas. Pregava retiros aos jovens e lhes dizia que tendo ainda toda vida pela frente a estavam disperdiçando. “Me restam somente três meses de vida. Desejaria ter a sua para realizar grandes coisas no Senhor”, eu dizia a eles. E muitos regressavam aos pés de Cristo como consequência não só das minhas pregações mas também do meu testemunho de estar muito próximo da morte. Seguramente, o Senhor me ensinou que eu falava de coisas que eu não cohecia.

Acreditava saber sobre Ele, não só pela minha preparação como também pela minha educação e experiência .Mas eu estava equivocado. Naquela noite descobri que eu estava longe de Deus. Representava o personagem que a Bíblia nos descreve como aquele que fala de coisas que não entendia, que as conhecia somente de ouvir (Jó 42, 3-5). Unicamente isso nada mais.

Nunca havia tido um encontro pessoal com Deus. Mas sabe de uma coisa?

Quando o Senhor voltou a me falar eu compreendi a razão de Suas palavras. Como pude, desci da cama, me ajoelhei e começei a chorar como uma criança. Entre gemidos lhe disse as seguintes palavras: “É verdade meu Deus. Eu não te conheço, mas hoje quero conhecer-te.”

Foi o dia que fiz a oração mais importante da minha vida. Neste momento, humildemente abri mão de tudo o que eu pensava ser e ter, incluindo estudos, talentos, dons e formação. Naquele dia morri para mim mesmo e para tudo que eu tinha convicção de conhecer.

Assim pude permitir que Deus nascesse em mim.

Momentos antes de concluir a manifestação daquelas palavras, algo aconteceu comigo. Era uma dor tão forte que dava a sensação que minha cabeça ia explodir. Quando senti que não podia mais resistir aquele tremendo sofrimento, começei a gritar como um louco naquele quarto. Gritei tanto que os médicos vieram correndo e entraram no quarto. Ao entrar, rapidamente me socorreram, pois meus gritos eram cada vez mais fortes. Não resistia tal sofrimento. Logo, de repente, aquela dor desapareceu e reinou a calma.

Quando parei de chorar e sequei minhas lágrimas, abri meus olhos e notei que minha visão havia voltado. Estava contemplando o rosto daqueles médicos que me olhavam atônitos. Eu lhes dizia, cheio de emoção e alegria, que podia ver. Eles estavam maravilhados e em seguida começaram a fazer vários exames em mim e descobriram que os tumores e a meningite haviam desaparecido.
Apesar desta notável melhora, os médicos diziam não compreender o que havia ocorrido comigo.
Diziam que era conveniente que eu não tivesse ilusão já que, em muitas outras ocasiões, ocorrem alivios passageiros. Insistiam em recordar-me que só me restavam três meses de vida e que esse fato era irreversível. As válvulas do meu coração eram a grande causa pela qual eu estava caminhando para a morte. Estavam tão deformadas como também estava meu coração, que nem um transplante podia me ajudar. Mas, naquela noite, nesse hospital, havia nascido outro Neil Velez.

A partir dali, podia compreender o que Jesus Cristo havia feito por mim naquela Cruz. Recordo que logo depois de escutar o que os médicos me informaram, lhes disse: “Obrigado por tudo o que vocês fizeram por mim, mas eu não vou morrer.” Eles continuavam insistindo que eram especialistas em caso como esse e que não tinham a menor dúvida que meu fim estava próximo. Por curiosidade, igualmente, me perguntaram: “ Quem te disse que isso não ia ocorrer ? Deus, lhes respondi. Por Suas chagas eu fui curado.”

A partir desse momento começei a fazer o que o paralítico retratado na Bíblia fez. Jesus Cristo lhe vai pedir algo antes dele receber sua cura. Um caminhar confiando plenamente Nele. Jesus vai dizer-lhe : “Levanta-te, toma o teu leito e vai para a tua casa” ( Lc 5, 17-26).
O paralítico confiou em suas promessas e em Sua Palavra: Acreditou e caminhou. Eu vou imitar a atitude daquele homem.

Eu estou curado pelas chagas de Cristo, repetia a quem me dissesse o contrário. Por isso eu disse aos médicos que me deixassem ir para casa. Sem dúvida, eles se negavam dar autorização porque seguiam considerando que minha situação era crítica. Mas, diante da minha firme insistência, me fizeram assinar uns papéis nos quais eles ficavam isentos de qualquer tipo de responsabilidade pela minha decisão. Finalmente, me deixaram ir.

Regressando a minha casa, descobri que minha família havia feito todos os preparativos funerários para minha morte. Haviam contratado a funerária e comprado, inclusive, o terreno onde eu seria enterrado. “Guardem ou vendam o terreno, já que para mim não vão usar”, disse a cada um deles ao interar-me de tal procedimento. Começei a caminhar, todos me tratavam como se eu estivesse louco. Os irmãos da Igreja, ao invés de apoiar-me naquilo que eu acreditava, me entregavam a morte. Por exemplo, me diziam: “Ah meu irmãozinho, aqui na terra você está sofrendo. Mas no céu você não vai sofrer.”

Eu sei que essa é a meta. Quero ir algum dia para estar com o Senhor, mas ainda não, me manifestei também a eles. Ainda tenho muito que fazer, como testemunhar minha cura. Por Suas chagas eu fui curado, insistia várias vezes. Não é fácil agir assim quando a ciência, a Igreja e até a sua própria família lhe dizem o contrário. Mas, fica ainda mais difícil quando o seu próprio corpo lhe diz que o que você está acreditando receber é a mais pura mentira. Esse era o meu caso. Recordo que ao sair do hospital, os médicos me disseram que eu me deitasse e desfrutasse o tempo que ainda me restava de vida. Me sugeriram nãofazer nenhuma atividade porque, do contrário, aceleraria minha enfermidade, encurtando mais os dias de vida que me restavam. Porém, se eu me submetesse à cama estava deixando de crer no que o Senhor havia realizado em mim. Ele me dizia que eu estava curado. Eu precisava crer em sua Palavra e começar a agir como uma pessoa em seu pleno estado de saúde.

Imitei ao paralítico, que precisou levantar-se primeiro.

Acreditar no que Jesus Cristo lhe prometeu e fazer o que exatamente o que Jesus lhe ordenou para ser curado. Eu também fiz isto. Me proibiram fazer atividades e eu decidi pregar incansavelmente .Me recordo que na minha debilitada condição tomava a Bíblia, começava a pregar e ensinava o que Jesus Cristo nos deu através de sua Cruz. Pregava sobre essa pasagem (1Pd 2,24) e até dava testemunho da minha cura. Muitos dos que caminhavam comigo diziam que eu estava mentindo, porque a verdade era que meus dias estavam contados. Não mentia, fé é ter a certeza que vai receber o que se está esperando, diz a Bíblia em (Hb 11,1). E eu caminhava na fé. Era o que eu acreditava. Me recordo que até minha própria família chegou a dizer que não me levassem a sério, que não me fizessem caso e que não me seguissem. Está tão grave seu estado que perdeu a razão, diziam constantemente.Mas, saiba que, a Bíblia me defendia contra todos esses ataques. Me dizia que essas coisas eram espirituais e que só podemos discerni-las no Espírito. Alguns dos que estão lendo este testemunho talvez considerem que se trate de uma loucura. Por outro lado, os que leêm no Espírito, que louvam e glorificam a Deus pela Sua grandeza, não vão considerá-lo desse modo, porque o Espírito se dá a conhecer a eles.

Ignorando todas as circusntâncias da minha enfermidade, pregava cada vez mais, não me dava por vencido. Enquanto pregava, sofria hemorragias e o sangue caia sobre o mesmo versículo que eu insistia em pregar naquela época. (1 Pd 2, 24)
Ao final da pregação, me levavam para um local reservado pois por causa das tonturas eu desmaiava e cai no chão banhado em sangue. Meus irmãos tinham que sair correndo comigo para o hospital. Quantas vezes arruinei a roupa dos meus irmãos com meu próprio sangue!
Outras vezes, permanecia inconsciente por alguns minutos caido no chão. Depois de algum tempo,me levantava com algum esforço , pegava o meu lenço e tentava me limpar daquele sangue como podia.

Ao ver meu lenço cheio de sangue lhe dizia : “Mentira do diabo ! Por Suas chagas fui curado!”
O que escrevo aqui é algo que vivi e creio com todo o meu coração. Se não fosse assim, não teria dedicado minha vida a esta missão, a qual já exerço por vinte anos, desde o meu estado crítico naquela cama do hospital. Podem me chamar de louco ou fanático, ou seja, uma pessoa que cegamente crê em algo. Hoje eu estou em pé aqui, porque cegamente acreditei em Deus. Porque caminhava crendo em meu Deus. Porque quando eu desmaiava e caia no chão, logo em seguida me levantava novamente.

Porque quando me chamavam de louco lhes respondia que eu estava curado. Eu era uma pessoa cega e agora posso ver.

Deus não respeita homens, não faz distinção entre uns e outros, porque todos somos iguais diante Dele. Não olhe para mim como um super-homem. Você é filho de Deus! E o que Cristo fez na cruz fez por você também. Por Suas chagas, as chagas do Crucificado, você também foi curado. A você basta acreditar nesse sacrifício que Ele fez por todos nós e confiar plenamente Nele.

Jesus Cristo hoje diz a você : “Toma teu leito, vai para casa, porque já estás curado.”

Glória a Deus!

Um comentário:

Nanny disse...

Maravilhoso testemunho!
Temos que fazer, a cada dia mais, Jesus conhecido e amado.
"Por suas chagas fomos curados"
A paz,